quinta-feira, 5 de maio de 2011

Mãe de primeira viagem e os medos, a insegurança e todo amor que nasce junto com o bebê!

Ser mãe de primeira viagem não é pra qualquer uma. Andar com um bebê na barriga, totalmente seguro, é muito fácil diante dos medos e desafios de ter uma pequena vida que depende apenas de você para sobreviver. Eu me deparei com muitos medos ainda desconhecidos para mim. Confesso que achei que seria muito fácil, pois eu estudei muito sobre como trocar fraldas, dar banho, fazer dormir, dar mamadeiras.
Tudo lorota! Cada bebê é um bebê e só no dia a dia que se aprende.
Assim que a Sarah nasceu começaram as visitas e a casa sempre estava cheia e eu lá cheia de dores, e um monte de gente para ver a Sarah.
Já começou mal por aí!!! Muita visita, muita gente por perto, pouco sossego e muita inexperiência.
Confesso que tudo o que eu queria era ficar sozinha com a minha filha, sem sair dali.
Bem, na primeira noite meu esposo me ajudou, pois eu precisava dormir. Afinal, eu já havia virado duas noites sem pregar os olhos, pois a Sarinha só chorava, mesmo assim eu tinha que acordar a noite toda, pois os bebês precisam mamar de três em três horas para se manterem alimentados e junto com o cansaço vem à dor dos pontos da cesariana e a dor de dar de mama pela primeira vez, pois a minha fofinha não abocanhava corretamente meu seio e nem sugava como deveria. Alem de toda a dor, noites mal dormidas e visitas em cima de visitas, Eu também estava com muito medo de ficar com a barriga deformada, pois o médico fez os pontos muito apertados e minha barriga estava horrível. Pra ajudar vem gente e me fala: cuidado se essa dor não passar você vai ter que ir ao hospital e abrir tudo de novo para refazer os pontos. Ponto!!!! Eu desabei por completo. Chorei por um longo período e pedi perdão para o David (maridão) por não estar dando conta da dor e nem de cuidar do nosso bebê; Cheguei até a achar que estava entrando em uma baita depressão pós-parto.
Mas graças a Deus com o Tempo tudo foi se ajeitando e se acalmando. Acabaram as visitas, eu retirei os pontos da cesariana (a barriga não ficou horrível) e ai sim consegui ficar sozinha com o meu marido, mas agora com uma grande diferença, pois nos temos a nossa pequena Sarah.
Quando me casei, eu era 100% para o meu marido, para minha casa e para os meus afazeres. Tinha tempo pra tentar uma receita nova, pra dormir com ele até as 11h da manhã, pra ir ao cinema à meia-noite, enfim… pra fazer o que ‘desse na telha’. Hoje, com as obrigações de mãe, meu 100% pra ele diminuiu, mas continua sendo 100%. Aliás, esse 100% é muito mais difícil de dar, já que depende muito mais de mim. E isso me angustia profundamente. Porque, se é meu tudo, é porque estou dando o meu máximo. Eu não sei lidar com isso tudo. Aliás, é muito difícil lidar com meus próprios sentimentos. Sei que esperar reconhecimento humano é um erro. Afinal, a Palavra já diz: Maldito do homem que confia no homem. Bendito seja aquele que confia em Deus e põe nele sua esperança. Portanto, que Deus possa olhar por mim, sondar meu coração e ser, Ele mesmo, a minha recompensa.

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